Deep deep down, far far in (and out)

Lugar de exposición
Individual / Colectiva
Colectiva
Fecha inicial (1) / final (2)
Fecha exacta
Yes
Fecha exacta
Yes
Proyectos expuestos
Descripción / Sinopsis

"Deep deep down, far far in (and out), é uma exposição que apresenta uma selecção de dezasseis obras, de doze artistas, da colecção da Fundação Leal Rios, dispostas num percurso articulado por dois pisos e quatro ambientes. Aprofundando a relação de um movimento introspectivo com um outro de carácter expansivo, a ideia de foco convive com a ideia de abrangência e cada trabalho relaciona uma leitura individual com uma leitura de conjunto. Solicitando um olhar atento e um tempo lento, procura-se estabelecer uma relação entre contração e distensão, investigando a natureza do indivíduo e do mundo que o rodeia. Assim, desenvolvendo o conceito de complementaridade entre opostos, onde um estado implica a existência do seu contrário, cada obra encontra o seu contraponto, vivendo da articulação entre a pequena e a grande dimensão, entre o que está fixo e que está em deslocação, e entre o que leva ao interior e o que remete para o exterior. A exposição tem início na entrada do edifício, onde se reforça a perspectiva dominante do espaço e sublinha um sentido de imersão. Neste local, uma projecção de vídeo de John Wood & Paul Harrison estabelece uma ilusão em torno da ideia de profundidade, movimento e permanência, questionando a posição e a percepção do observador. Esta obra acolhe o visitante, marca o arranque da exposição e funciona como ponto de charneira em relação ao desenvolvimento do conjunto.

(...)

À medida que progredimos as imagens tornam-se dinâmicas e promovem uma transição do espaço interior para um mundo exterior. Nesse sentido, a obra de Antoni Muntadas estabelece a passagem entre uma esfera individual e uma esfera colectiva, reforçando o olhar frontal, sobre um pequeno ecrã com uma vidraça de grandes dimensões. Em contraponto a esta obra, surgem três fotografias de João Penalva que, com um tamanho maior, centram a nossa atenção sobre a ampliação de um conjunto de fios eléctricos, que riscam o céu de Osaka. Se as obras de AnaMary Bilbao ampliam a figura, questionam a imagem e se aproximam ao desenho, estas outras, que se posicionam no outro extremo da mesma parede, procedem de igual modo mas abeiram-se ao universo da pintura nipónica. A deslocação do olhar para o alto é corroborada pelo díptico de Matt Mullican, que incorpora uma dimensão cosmológica e traça um itinerário de relações, entre o espírito e os corpos celestes. Este díptico dispõese de face para a primeira obra da sala, estabelecendo uma conivência entre a dimensão interior do corpo e a escala do mundo celeste."

Uso público / privado
Público